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Teatro e Dança

“Bonitinha, mas ordinária”: um clássico de Nelson Rodrigues em cartaz na Caixa Cultural

Pela primeira vez a peça é protagonizada por uma família preta. Em circulação pelo Brasil, a montagem já foi vista por 4.800 pessoas em três capitais

Redação Jornal de Brasília

13/12/2024 10h47

Cena de “Bonitinha, Mas Ordinária”. Foto: Thiago Batista

Cena de “Bonitinha, Mas Ordinária”. Foto: Thiago Batista

A peça “Bonitinha, mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues, estreou na Caixa Cultural Brasília sob a direção de Bruce Gomlevsky e segue em cartaz até o dia 22 de dezembro. Com sessões de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 19h, o espetáculo oferece ibilidade com intérpretes de libras em todas as apresentações. Essa nova montagem, produzida pela Quereres Produções, marca uma inovação ao ser encenada, pela primeira vez, por uma família preta.

Após 62 anos da sua estreia, a obra ganha relevância ao abordar temas urgentes como racismo, violência contra a mulher e a hipocrisia das elites. “Bonitinha, mas Ordinária” foi adaptada inúmeras vezes para o teatro e já rendeu três versões cinematográficas, mas a essência do texto continua a ressoar com a atualidade. O diretor Bruce Gomlevsky manteve a ambientação na década de 1960, revelando o quanto as estruturas de poder e opressão permanecem inalteradas. “A peça retrata essa elite retrógrada, que, há décadas, explora e oprime. As lutas identitárias precisam continuar firmes nesse cenário de desigualdade,” explica Gomlevsky.

Cena de “Bonitinha, Mas Ordinária”. Foto: Dalton Valério
Cena de “Bonitinha, Mas Ordinária”. Foto: Dalton Valério

Em “Bonitinha, Mas Ordinária”, o jovem Edgard, de origem humilde, se vê diante de uma proposta para se casar com Maria Cecília, uma moça rica que foi desonrada. No entanto, a vizinha Ritinha acaba formando o terceiro vértice de um complicado triângulo amoroso.

A peça conta com Emílio Orciollo Netto (Edgard), Sol Miranda (Ritinha), Júlia Portes (Maria Cecília), Ricardo Blat (Werneck) e Sylvia Bandeira (Dona Lígia). O elenco é complementado por Claudio Gabriel, Alexandra Medeiros, Leo de Moraes, Marília Coelho, Jitman Vibranovski, Kênia Bárbara, Ágatha Marinho, Aline Dias, Junior Vieira, Vini Portella e Leo de Moraes.

Cena de “Bonitinha, Mas Ordinária”. Foto: Dalton Valério
Cena de “Bonitinha, Mas Ordinária”. Foto: Dalton Valério

A turnê teve início no Rio de Janeiro em agosto deste ano, com agens por Curitiba e Fortaleza, encerrando 2024 em Brasília. Ao longo dessa trajetória, mais de 4.800 espectadores já assistiram à montagem.

Além das apresentações, a Quereres Produções promove a “Oficina do Riso”, com o ator Cláudio Gabriel, no sábado, 14 de dezembro. Voltada para atores e atrizes, a oficina oferece ferramentas práticas de comédia, com ênfase em improvisação e jogos teatrais. Serão disponibilizadas 25 vagas para essa imersão de quatro horas.

Bonitinha, Mas Ordinária

Até 22 de dezembro, de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h, na Caixa Cultural Brasília (Setor Bancário Sul Q. 4 | Lotes 3/4 – Asa Sul, Brasília – DF). Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), disponíveis na bilheteria da CAIXA Cultural e no site Bilheteria Cultural. Classificação: 16 anos. Informações: (61) 3206-9448 | (61) 3206-6456.

Oficina do Riso, com Cláudio Gabriel

14 de dezembro, das 14h às 18h, no Teatro da CAIXA Cultural Brasília. Público: atores e atrizes (mediante envio de currículo). Vagas: 25. Inscrições no site da Bilheteria Cultural.

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