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Música

Primeira celebração do Dia Nacional Funk chega com novidades na música brasileira

Neste dia pra lá de especial para a música brasileira, o JBr traz uma seleção de novidades no funk, disco,  Rap e Trap e também rock.

Redação Jornal de Brasília

12/07/2024 8h03

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Foto: “Pimenta II” – Biel/Divulgação


Muito embora o funk tenha suas raízes no sul dos Estados Unidos, nos anos 1960, criado por músicos negros como Horace Silver, James Brown, George Clinton, entre outros, ao longo das décadas, ele performou seu estilo próprio aqui no Brasil. Não por acaso, o gênero acaba de ganhar uma data exclusiva no calendário do país: 12 de julho, agora, é o Dia Nacional do Funk, comemorado pela primeira vez nesta sexta-feira.

Este ritmo surgiu da combinação de vários ritmos negros populares como o blues, gospel, jazz e soul, que faziam sucesso nos Estados Unidos. Escrito em como quaternário, sua característica marcante é o primeiro tempo acentuado, em relação aos outros três tempos. A palavra “funk” ou “funky” era usada pelos músicos de jazz como uma forma de pedir aos colegas de banda que colocassem mais “força” ao ritmo. Alguns estudiosos apontam que poderia ser a fusão entre o vocábulo quibundo “lu-fuki” e o inglês “stinky”. Desta maneira, os términos funk e funky foram evoluindo para descrever uma música com batida constante e melodia que permitisse dançar. O ritmo, naquela época, também estava intimamente ligado à contestação, à luta pelos Direitos Civis nos Estados Unidos. As letras contavam o cotidiano de discriminação e da falta de perspectiva dos afrodescendentes.

Este ritmo surgiu da combinação de vários ritmos negros populares como o blues, gospel, jazz e soul, que faziam sucesso nos Estados Unidos. Escrito em como quaternário, sua característica marcante é o primeiro tempo acentuado, em relação aos outros três tempos. A palavra “funk” ou “funky” era usada pelos músicos de jazz como uma forma de pedir aos colegas de banda que colocassem mais “força” ao ritmo. Alguns estudiosos apontam que poderia ser a fusão entre o vocábulo quibundo “lu-fuki” e o inglês “stinky”. Desta maneira, os términos funk e funky foram evoluindo para descrever uma música com batida constante e melodia que permitisse dançar.

O ritmo, naquela época, também estava intimamente ligado à contestação, à luta pelos Direitos Civis nos Estados Unidos. As letras contavam o cotidiano de discriminação e da falta de perspectiva dos afrodescendentes. Igualmente, à medida que o funk atingia mais pessoas, os negros americanos tinham um motivo para se orgulhar ao ver que sua cultura se espalhava nos lares brancos.

Funk no Brasil

O funk chegou ao Brasil nos anos 1970, quando nos Estados Unidos já começavam a fazer experimentações fundindo o ritmo com o rock e a música eletrônica. Essa rica mistura conquistou músicos como Tim Maia e Tony Tornado, considerados os responsáveis por misturar o ritmo funk norte-americano à batida da música brasileira. Da mesma forma, o radialista Big Boy começou a promover os “Bailes da Pesada” no Canecão, no Rio de Janeiro, que neste momento funcionava como churrascaria. Ali tocava-se rock, soul, groove, funk, reunindo a juventude carioca. O projeto (PL 2229/2021) que criou o Dia Nacional do Funk também presta uma homenagem a essa festa precursora para a popularização do ritmo no Brasil.

A partir daí, em 1980, inicia-se o fenômeno do funk carioca, com uma mistura de batidas eletrônicas do hip hop, da poesia do rap e da habilidade dos DJ’s em mesclar batidas repetitivas com a melodia. A temática das letras estava ligada diretamente ao cotidiano da favela ou do subúrbio carioca. Neste sentido, um bom representante desta vertente é o tema “Lá em Acari“, de MC Batata, ainda vinculado à estética de Miami. Igualmente, grupos de música eletrônica incorporaram o funk e acentuaram o ritmo por meio do uso de sintetizadores. Outras vertentes vieram em 1990, como electro-funk, o boogie e o go-go. Esta década também foi marcada por letras que aram a contar a realidade da violência urbana e a denunciar as violentas invasões policiais às favelas, além é claro da reivindicação por direitos civis.

A partir do século XXI, as letras de funk nacional ganharam um tom mais apelativo e erotizado. Alguns, abandoram a estrutura de estrofe e refrão para se resumir a frases de efeito. Atualmente, o funk se divide em vários subgêneros como o funk melody, funk ostentação, funk proibidão e new funk.

Lançamentos musicais da semana


Nega Doce – Torya 

Em seu novo EP “Nega Doce”, a cantora Torya transmite mensagens de autoestima, independência e representatividade.  O projeto é composto por quatro faixas: “Nega Doce”, “Fitas”, “P.P.R.T”, “Proposta (Original Style Dancehall)” e foi lançado nesta quarta-feira (10/7). A cantora leva diversos  estilos musicais, como o funk, disco, afrobeats e love song, e a vibe melódica. Artistas como Rob, Jota e Xochuo assinam as produções das faixas.


Pimenta II – Biel 

Após uma pausa na carreira para focar na família e estudos, Biel anuncia retorno ao mercado musical para comemorar os 10 anos de carreira, com três lançamentos inéditos para o mês de julho. Nesta quinta-feira(11/7) foi divulgada a regravação inédita de Pimenta. As três novas músicas serão lançadas quinzenalmente, sendo elas: “Toma Gostosa”, em 25 de julho; “Mozão”, em 8 de agosto; e “Foguenta”, em 15 de agosto. O álbum completo estará disponível em 22 de agosto. 


“4:20” – O Juh 

Conhecido por homenagear a cantora Juliette durante o período do BBB com a canção “Cacto”, o cantor O Juh chega com o clipe da música “4:20” nesta sexta-feira (12/7). No clipe, o artista optou por uma estética antiga, tendo os anos 1920 como referência em algumas cenas mescladas a outras mais mais modernas. A faixa mistura pop, música urbana e um pouco de Rap e Trap. “Foi um desafio. A equipe toda estava em um banheiro minúsculo, porque parte dele ganhou algumas cenas gravadas em um ônibus-casa”, contou o artista. 

Boom Boom Bap – Pecaos

Um dos destaques atuais no cenário do rap nacional está de volta com seu lançamento intitulado “Boom Boom Bap”. Combinando uma batida forte à lírica afiada, o artista promete chamar atenção dos fãs do boombap com a nova faixa disponível em todas as plataformas a partir desta sexta (12/7). A faixa resgata os elementos clássicos do boombap, como os scratches, e evoca a nostalgia dos grandes clássicos do gênero, destacando-se pela sua energia contagiante e pela habilidade lírica única do artista. A produção é de Caco e Henrique Brasileiro, e o videoclipe que acompanha o single tem direção de Dvander. Com um plano sequência dinâmico, ele lembra os visuais icônicos que marcaram uma época no rap nacional. Cada cena é cuidadosamente coreografada para complementar a narrativa da música, transportando os espectadores para um mergulho visual no universo vibrante do boombap.


Só Vou Namorar – MC Daniel e Ryan SP

Nesta quinta-feira (11/7), o funkeiro MC Daniel se junta a MC Ryan SP para seu mais novo single, intitulado “Só Vou Namorar”. A nova faixa dá início ao processo de lançamento do primeiro álbum de carreira de MC Daniel, que leva o título “Sem Música” e deve sair ainda no segundo semestre deste ano. Para celebrar esse momento importante em sua carreira, o MC decidiu trazer Ryan SP para o primeiro single – comemorando, também, a amizade e o apoio mútuo entre eles. Apelidado de ‘o falcão do funk’, MC Daniel garante que “Só Vou Namorar” é “apenas o começo”. Composta por Romeu R3, Pedro Ticks, V Pereira e Blakbone, nomes já consolidados no funk, a letra de “Só Vou Namorar” traz esse tom descontraído, já característico de Daniel, destacando que o eu lírico não nasceu para namorar, e ostentando a vida de solteiro e seus benefícios. A faixa e o anúncio de seu primeiro álbum de estúdio chegam após MC Daniel conquistar mais de 19 milhões de seguidores no Instagram, além de estar por trás de diversos dos maiores hits dos últimos anos.

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