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Política & Poder

Houve estratégias machistas de desqualificação do meu trabalho, diz Nísia

A ex-ministra analisa que seu período à frente da pasta foi curto, mas diz ficar contente de ter dado a sua contribuição

Redação Jornal de Brasília

31/05/2025 15h15

nísia teixeira

Foto: Evaristo Sa/ AFP

LUANA LISBOA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Mesmo a longa trajetória na área da saúde não impediu a ex-ministra Nísia Trindade de ser o primeiro alvo da reforma ministerial ensaiada pelo governo Lula (PT). Sob pressão do centrão e vivendo um processo de fritura política, a ex-presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) enfrentou uma sequência de crises, que incluiu, por exemplo, o recorde histórico de casos e mortes por dengue no país em 2024.

À reportagem, a ex-ministra diz que sua saída da pasta foi marcada por estratégias machistas de desqualificação do seu trabalho, mas evita apontar dedos.

“Eu acho que foram tantos os atores que, como eu disse… Já falei o que devia sobre isso. Basta ver imagens, ângulos que são pegos, ideias de fragilidade, expressões nesse sentido. Mas eu me sinto uma pessoa, sobretudo, consciente no meu papel, preparada para a função que eu exerci”, declara.

“Eu diria que isso é um processo difuso na sociedade, que muitas vezes acontece sem os atores perceberem. E houve, claro, estratégias de desqualificação.”

De volta ao ambiente acadêmico, em visita ao Instituto de Estudos Avançados da USP (Universidade de São Paulo), onde assumiu a titularidade da Cátedra Olavo Setubal ao lado dos acadêmicos Alemberg Quindins e Fernando José de Almeida, Nísia conta o que tem feito desde que deixou a posição, e reluta em falar sobre o período na gestão.

“Nossa entrevista vai ser sobre a minha gestão, é um balanço de gestão">

“Esse estudo mencionado foi amplamente discutido e os dados mostram que onde houve problemas imediatamente se buscaram alternativas, outras vacinas existentes, estratégias de vacinação. Então, o Brasil avançou na vacinação durante esses dois anos”, avalia.

A ex-ministra analisa que seu período à frente da pasta foi curto, mas diz ficar contente de ter dado a sua contribuição, e deseja sucesso ao governo Lula.

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