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Opinião

O impacto global para o equilíbrio mundial: o papel do Brasil na erradicação da fome

A presença do Brasil na presidência desse importante conselho internacional reforça o nosso compromisso com a erradicação da fome e da pobreza

Redação Jornal de Brasília

19/02/2025 19h12

ministro wellington dias fala sobre aliança global contra a fome e a pobreza

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Por Renata Bueno*

Em Roma, um momento histórico para o Brasil ocorreu: o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, foi eleito presidente mundial do Conselho de Campeões da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Esse reconhecimento reafirma o protagonismo do nosso país nessa causa essencial e destaca a importância da cooperação internacional para enfrentar desafios globais.

O reconhecimento internacional da capacidade do Brasil em liderar iniciativas voltadas à segurança alimentar e ao desenvolvimento social reforça a necessidade de alianças estratégicas entre os países para a construção de um mundo mais equilibrado. Para mim, esse é um marco significativo não apenas para o nosso país, mas para toda a comunidade global comprometida com a erradicação da fome.

Durante a reunião em Roma, o ministro brasileiro iniciou as discussões sobre as prioridades estratégicas para 2025 e propôs a realização da primeira Cúpula Contra a Fome e a Pobreza, que acontecerá no Catar, em novembro do próximo ano. Esse evento ocorrerá paralelamente à Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social, promovida pela ONU. Além disso, ele sugeriu a criação de um programa de Embaixadores da Boa Vontade da Aliança, iniciativa que pretende ampliar a representatividade e o engajamento global na luta contra a insegurança alimentar.

A eleição de Wellington Dias à presidência do Conselho de Campeões reforça a importância de unir esforços internacionais em prol de um mundo mais justo e igualitário. O Brasil sempre foi referência em políticas públicas voltadas à segurança alimentar, e agora, com essa liderança global, teremos ainda mais condições de compartilhar experiências e firmar novas parcerias estratégicas. Nesse contexto, a visão de uma ordem e equilíbrio global torna-se ainda mais relevante, como abordado em meu livro “O Pacto da Jurisdição Supranacional”, que discute a necessidade de mecanismos internacionais mais eficazes
para garantir justiça e equidade entre as nações.

Além disso, tive a oportunidade de me encontrar com o ministro Wellington Dias, que me apresentou todo o planejamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Ele compartilhou estratégias detalhadas para fortalecer essa iniciativa e ampliá-la globalmente.

A partir dessa conversa, me comprometi a colaborar dentro das estratégias propostas, auxiliando na articulação de novas parcerias e iniciativas que possam contribuir para o sucesso desse projeto.

Para impulsionar essas ações, o Conselho de Campeões contará com uma equipe multidisciplinar, o chamado Mecanismo de Apoio, que atuará em Roma, Brasília, Washington DC, Adis Abeba e Bangkok. O objetivo é facilitar o desenvolvimento de parcerias específicas para cada país que necessitar de apoio, garantindo uma abordagem eficaz e personalizada para os desafios locais. Essa estrutura reforça a necessidade de uma governança global mais integrada, baseada na cooperação e no compartilhamento de responsabilidades.

A presença do Brasil na presidência desse importante conselho internacional reforça o nosso compromisso com a erradicação da fome e da pobreza. Esse é um momento de união, cooperação e determinação para transformar vidas. A luta contra a fome não pode esperar, e o Brasil está pronto para liderar esse movimento global, fortalecendo alianças e promovendo uma ordem internacional mais justa e solidária.

Renata Bueno é uma parlamentar ítalo-brasileira nascida em 1979 em Brasília, DF, Brasil. Conhecida por seu envolvimento na política e na defesa dos direitos dos descendentes de italianos no Brasil. Renata Bueno foi eleita deputada federal em 2010, sendo a primeira mulher eleita pelo Partido Socialista Italiano (PSI) fora da Itália. Sua atuação política tem sido focada em temas relacionados à cidadania italiana, imigração, e fortalecimento dos laços entre Brasil e Itália. Ela é presidente da Associação pela Cidadania Italiana no Brasil e tem trabalhado para facilitar o processo de reconhecimento da cidadania italiana para descendentes de italianos no país. Além de parlamentar, Renata é advogada e empresária, com o Instituto Cidadania Italiana e Mozzarellart.

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