Gabriel Cardoso*
O momento nos pede resiliência, que é a capacidade de resistir a adversidades e de se recuperar, voltando ao estado normal: o próximo normal.
As mudanças repentinas e profundas em questões sanitárias, comportamentais, econômicas e sociais — só para ficar em alguns campos — criou e aprofundou os problemas públicos brasileiros, exigindo de nós, pessoas e organizações, resiliência. Mas não só isso: tais adversidades também incentivaram, multiplicaram e favoreceram o surgimento de um esforço coletivo na busca de novos caminhos e meios para enfrentar tais problemas. A isso damos o nome de inovação social.
A inovação social acontece no surgimento de novos serviços, processos, produtos e atividades que buscam atender a uma necessidade social. Quando falamos que existe uma necessidade social, significa que há um grupo de pessoas que enfrenta uma situação cotidiana que gera dor, sofrimento e/ou injustiça, o que caracteriza um problema social. Tais problemas sociais podem ser, por exemplo, nas áreas da educação, habitação, segurança, empregabilidade e saúde.
A pandemia aprofundou os problemas sociais, mas também acelerou a inovação social no Brasil e no mundo. De forma coordenada ou descentralizada, local ou nacional, incremental ou radical, disruptiva ou regenerativa: assistimos, junto aos estragos da pandemia, a energia e o movimento de empreendedores, empresas, organizações, universidades e governos para desenvolver e implementar serviços, processos e produtos que enfrentassem as consequências sociais da pandemia.
Por exemplo: empreendedores sociais e negócios de impacto desenvolveram uma máquina para desinfeção de ambientes (Bioguard); um catálogo digital de livros para alunos da rede pública (Árvore de Livros); e um bazar social que gera renda e sustentabilidade para as comunidades (Gerando Falcões).
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