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Vice do Equador retorna ao país e pede fim de ‘perseguição’

Verónica disse que retornou “em um ato de rebeldia” da Turquia, para onde havia sido transferida por segurança em setembro, quando o conflito no Oriente Médio se agravou

Redação Jornal de Brasília

20/11/2024 16h23

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A vice-presidente do Equador, Veronica Abad, fala ao chegar ao Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, em Quito, em 20 de novembro de 2024. Abad retornou da Turquia, para onde foi transferida em setembro por motivos de segurança enquanto servia como embaixadora do Equador em Israel, quando o conflito no Oriente Médio se intensificou. O governo do Equador suspendeu a vice-presidente Veronica Abad por cinco meses por suposto “abandono injustificado” de suas funções, de acordo com um resumo istrativo emitido pelo Ministério do Trabalho em 9 de novembro. (Foto de Galo PAGUAY / AFP)

A vice-presidente do Equador, Verónica Abad, suspensa pelo Ministério do Trabalho por 150 dias e em crise com o presidente Daniel Noboa, retornou nesta quarta-feira ao país, onde pediu o fim do que considera uma “perseguição”.

Verónica disse que retornou “em um ato de rebeldia” da Turquia, para onde havia sido transferida por segurança em setembro, quando o conflito no Oriente Médio se agravou. Por ordem presidencial, ela atuava como embaixadora do país em Israel.

“A sentença abrupta por parte de uma súmula istrativa ilegal e ilegítima me deixou totalmente indefesa na cidade de Ancara”, disse a vice-presidente ao desembarcar em Quito, onde uma equipe de segurança a aguardava.

Verónica afirmou que estava “proibida de falar”. “Fui mantida praticamente presa em um hotel na Turquia”, descreveu.

A vice-presidente mantém uma relação tensa com Noboa desde novembro de 2023, quando a dupla assumiu o Executivo após vencer eleições antecipadas. O Ministério do Trabalho ordenou a suspensão de Verónica do cargo por “abandono injustificado” de funções.

Em seu lugar, o governo nomeou a ministra do Planejamento, Sariha Moya, como vice-presidente interina. Mas o Congresso do Equador, de maioria opositora, considerou a suspensão inconstitucional.

“Vim com meus próprios recursos, em um ato de rebeldia, diante de tudo o que está acontecendo no Equador, a ruptura constitucional, a tentativa de romper a independência de poderes”, disse Verónica, ressaltando que a audiência da ação de proteção apresentada por sua defesa vai acontecer no próximo dia 27.

“Não é possível que continuem investigando meu filho”, acrescentou a vice-presidente, cujo filho foi preso em março, por suspeita de tráfico de influência. O Ministério Público incluiu a funcionária nessa investigação, mas o Legislativo não autorizou um julgamento contra ela.

© Agence -Presse

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