SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Um juiz federal dos Estados Unidos proibiu nesta sexta-feira (24) alguns dos réus do 6 de Janeiro de entrar em Washington, bem como no Capitólio, como condição para sua libertação da prisão. Stewart Rhodes, ex-líder do grupo de extrema direita Oath Keepers, é um dos afetados pela decisão.
Ele e outras sete pessoas foram citados na ordem do juiz Amit Mehta, do Tribunal Distrital de Columbia.
Segundo o texto, os libertados não devem “entrar conscientemente no distrito de Columbia sem primeiro obter a permissão do Tribunal”. O mesmo vale para as instalações e edifício do Capitólio e áreas ao redor.
Rhodes estava cumprindo uma pena de 18 anos após ser considerado culpado de conspirar para usar a força no 6 de Janeiro. Todos os envolvidos na invasão do Congresso americano em 2021 -inclusive os acusados e condenados por agressão a policiais- receberam o perdão presidencial depois que Donald Trump emitiu um decreto ainda no dia de sua posse, na última segunda-feira (20).
Segundo o jornal The New York Times, cerca de 1.500 pessoas foram contempladas pela indulgência.
Desde terça-feira (21), os réus começaram a ser libertados.
O perdão foi uma das promessas de Trump desde o período de campanha. O presidente usava a palavra reféns para se referir aos acusados e condenados por crimes de invasão de propriedade, agressão a policiais e conspiração sediciosa. Entre os cerca de 1.500 réus, pelo menos 600 já tinham sido sentenciados.
Em 6 de janeiro de 2021, os insurgentes invadiram a sede do Legislativo americano na tentativa de impedir a certificação do presidente eleito à época, Joe Biden. Após a derrota, no fim de 2020, Trump deu inúmeras declarações que acusavam a eleição de ter sido fraudada- até hoje não há nenhuma evidência disso.
No decreto publicado nesta semana, o presidente concede perdão total e incondicional aos envolvidos na invasão. Segundo Trump, os processos movidos até então representavam uma “injustiça nacional” contra essas pessoas.