Israel bombardeou nesta terça-feira (10) o porto iemenita de Hodeida, controlado pelos rebeldes huthis, como retaliação aos ataques dos insurgentes pró-Irã contra seu território.
“Navios de mísseis da Marinha israelense atingiram alvos terroristas que pertencem ao regime terrorista huthi no porto de Hodeida”, anunciou o Exército israelense em um comunicado. A nota acrescenta que o ataque foi uma “resposta às ações agressivas do regime huthi contra o Estado de Israel, em particular o lançamento de mísseis e drones contra o território e aos cidadãos israelenses”.
Os huthis, que controlam amplas regiões do Iêmen, anunciaram alguns minutos antes dois ataques israelenses contra este porto importante do Mar Vermelho, no oeste do país, sem relatar vítimas.
Na segunda-feira, o Exército israelense havia solicitado a evacuação de três portos do Iêmen: Ras Isa, Hodeida e Al Salif.
Os huthis integram o chamado “eixo da resistência” iraniano, ao lado do Hezbollah libanês e do Hamas palestino.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, os huthis executaram dezenas de ataques contra Israel, alegando solidariedade com o território palestino. A maioria de seus disparos foi interceptada.
Na noite desta terça-feira (horário local), o Exército israelense anunciou que “sirenas soaram em várias partes de Israel após o lançamento de um projétil a partir do Iêmen”. Vários jornalistas da AFP ouviram fortes estrondos sobre Jerusalém, semelhantes aos registrados quando projéteis anteriores foram interceptados.
Em 4 de maio um míssil lançado pelos rebeldes iemenitas atingiu pela primeira vez o perímetro do aeroporto internacional Ben Gurion, perto de Tel Aviv. O ataque deixou várias pessoas levemente feridas e provocou alguns danos materiais menores.
Como retaliação, o Exército israelense efetuou vários ataques nos últimos meses contra alvos dos huthis no Iêmen, em particular os portos do Mar Vermelho e o aeroporto da capital, Sanaa.
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