No mês de outubro, o Museu Nacional da República estará recebendo duas exposições produzidas pela artista plástica, graduada pela Universidade de Brasília (UnB), Elisa Lobo. As exposições “Janelas Contemporâneas” e “A Água é Viva” trazem ao Distrito Federal mais de trinta obras com intensos significados. A abertura acontece nesta quinta-feira (6), às 19:30.
A exibição de “Janelas Contemporâneas” é uma forma de repensar a arte usando a própria arte como referência. “Ela pega obras de artes consagradas, como por exemplo a Monalisa, de Leonardo da Vinci, e repensa. Faz uma releitura do trabalho.” Explicou a curadora Louise Lobo.
Já a mostra de “A Água é Viva” surgiu depois que uma fotografia de um pelicano com a barriga aberta e cheia de lixo, feita por Yann Arthus–Bertrand, foi publicada e provocou uma tristeza na artista Elisa Lobo.
Sentindo que poderia fazer algo, Elisa criou diversas esculturas de águas vivas, totalmente bordadas, com tamanhos entre 50 centímetros e 12 metros de altura. “A gente deve cuidar das águas do planeta com a mesma delicadeza, com o mesmo amor que fazemos um bordado. É um esforço individual, que quando colocado de forma coletiva acaba surtindo efeito.”
A curadora ainda explicou que a interpretação das obras fica por conta dos espectadores. “Sempre fica a critério do espectador. A arte é assim, ela não é um ponto de vista fechado, ela tem que ter uma leitura ampla.”
A exposição tem uma grande particularidade. Segundo Louise Lobo, as obras da exposição são feitas por mãos de mais de 150 mulheres, que foram ensinadas em um período de dois anos. “As obras são começadas pela minha mãe, que é a idealizadora, mas quem termina, são ex-colhedoras de café, do sul de minas gerais.” explicou.
Serviço
Data: 6 à 30 de outubro, de terça a domingo
Horário: 9H às 18H30
Local: Museu Nacional da República
Entrada franca