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As competências da liderança exemplar

Uma boa liderança desenvolve-se de maneira justa, ponderada e sem favoritismo

Luana Tachiki

08/11/2023 11h05

Atualizada 09/11/2023 12h15

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Tipos de liderança

Liderança carismática

Os líderes com essa habilidade têm três características:

  • Visualizar: criar expectativas e moldar os comportamentos existentes;
  • Estimular: expressar confiança e demonstrar entusiasmo;
  • Capacitar: ter empatia e apoiar os colegas de equipe.

Exemplos de líderes carismáticos: Martin Luther King e Steve Jobs.

Liderança transacional e transformacional

São líderes que se baseiam em autoridade e legitimidade. Trata-se de um processo que motiva os empregados por meio do apelo a valores morais, ou seja, o líder deve ser capaz de organizar uma visão para a empresa na qual seus colaboradores aceitem sua credibilidade.

Líder servidor e líder coach

Servidor: são princípios dessa liderança o amor e o caráter. Esse líder se dispõe a entender as necessidades dos seus colaboradores. Tem como objetivo zerar obstáculos, fortalecer relacionamentos e transmitir confiança. Nessa teoria, propõe o aprendizado com erros da equipe e empenha-se na integração dela.

Coach: líder que se preocupa com o desenvolvimento da equipe. É capaz de auxiliar seus colaboradores a perceberem suas limitações e descobrirem seus potenciais.

Líder autocrítico

Aqueles que tomam decisões sozinhos, sem recorrer ao time.

Líder democrático

Trabalha com a equipe para que os membros consigam chegar às próprias decisões.

Líder liberal

Deixa o grupo de colaboradores analisar as próprias decisões, sem interferir no processo.

“O maior desafio das organizações modernas tem sido fazer com que a comunicação interna seja de qualidade” — Márcio Gonçalves, analista de comunicação de uma importante seguradora brasileira.

“Na condição de líderes, gostamos de pensar que, quando as pessoas deixam a organização, isso tem pouco a ver conosco. Mas a realidade é que, em geral, somos mesmo o motivo de tal iniciativa. Algumas fontes estimam que cerca de 65% das pessoas saem das empresas por causa de seus gestores. Podemos dizer que as pessoas não desistem de seu emprego ou de sua empresa, a realidade é que elas costumam desistir de seus líderes” — John C. Maxwell.

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As pessoas desistem de quem as desvalorizam

Um casal de idosos, George e Mary Lou, estava celebrando bodas de ouro. Com índices de divórcio tão altos, um jornalista quis saber qual era o segredo do sucesso daquele casal. Então, perguntou a George: ‘Qual é a sua receita para um casamento duradouro e feliz?’ George explicou que, depois da cerimônia de casamento, o sogro o puxou para o lado e entregou um pequeno pacote. Dentro, estava um relógio de ouro que George sempre usou. Ele o mostrou ao repórter. Na frente do relógio, num lugar que ele tinha de ver várias vezes por dia, estavam escritas às palavras: ‘Diga alguma coisa agradável para Mary Lou’. Todos nós gostamos de ouvir coisas boas a nosso respeito. Todo mundo acha ótimo ser apreciado. No entanto, muita gente não recebe um retorno positivo ou manifestações de apoio no trabalho. Com frequência, o que acontece é o contrário: as pessoas se sentem desvalorizadas. Os patrões agem com soberba e as tratam com desdém ou, pior ainda, com desprezo. E isso acaba com qualquer relacionamento – até mesmo uma relação profissional.”

As pessoas desistem daquelas que não são confiáveis

Michael Winston, diretor istrativo e de liderança da Countrywide Financial Corporation, afirma: “Líderes eficazes asseguram-se de que as pessoas se sintam fortes e capazes. Em todas as principais pesquisas sobre os hábitos dos líderes eficazes, a confiança no líder é essencial para que outras pessoas o sigam o tempo todo. As pessoas precisam considerar o líder provo, digno de crédito e confiável. Uma das maneiras de desenvolver essa confiança – seja no líder ou em qualquer outra pessoa – é por meio de um comportamento coerente. A confiança também se estabelece quando as palavras está de acordo com as atitudes. Você já trabalhou com alguém em que não podia confiar? Trata-se de uma experiência terrível. […] Uma pesquisa realizada em Manchester Consulting indica que a confiança no ambiente de trabalho está em declínio. Eles descobriram que as melhores maneiras de os líderes estabelecerem uma relação de confiança eram:

  • Manter a integridade;
  • Comunicar abertamente sua visão e seus valores;
  • Demonstrar pelos funcionários o mesmo respeito dedicado a um sócio;
  • Concentrar-se mais nas metas em comum do que na agenda pessoal;
  • Fazer a coisa certa, não importando o risco pessoal.

Estabelecer e manter a confiança como líder é uma questão de integridade e comunicação.” (Rodovalho, 2009)

As pessoas desistem daquelas que são incompetentes

Quando o líder é incompetente, ele se torna fator de distração para a equipe; desperdiça a energia das pessoas; impede que elas priorizem as prioridades; desvia o foco da visão e dos valores para concentrá-lo sobre o próprio comportamento. Se as pessoas que trabalham para um líder incompetente possuem alto grau de habilidade, viverão preocupadas com as confusões que o líder pode arranjar. Um líder incompetente não lidera gente competente por muito tempo. A Lei do Respeito, extraída do livro “As 21 Irrefutáveis Leis da Liderança”, declara: ‘As pessoas seguem naturalmente os líderes que demonstram ser mais fortes que elas’. Quem tem capacidade de liderança grau 7 (numa escala de 1 a 10) não seguirá um líder que mereça classificação 4. Em vez disso, desistirá e procurará por outra pessoa – qualquer uma – que o possa liderar.”

As pessoas desistem daquelas que são inseguras

Líderes excepcionais fazem duas coisas: desenvolvem outros líderes e a si mesmos no trabalho que executam. Líderes inseguros nunca fazem isso. Pelo contrário, eles tentam se fazer indispensáveis. Não querem treinar suas equipes para alcançar seu potencial e serem mais bem-sucedidas do que eles. Na verdade, os líderes inseguros não desejam que as pessoas sejam bem-sucedidas sem a ajuda deles. E toda vez que alguém de sua equipe alcança um nível mais elevado, eles consideram isso, uma traição.” (Rodovalho, 2009)

Para ser um líder influente e exemplar, é necessário alguns princípios basilares como o caráter, a disciplina, o propósito, a paixão pelo propósito, a ética e a moral, e ainda a coragem. É primordial a renúncia e o desapego ao egocentrismo.

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O caráter

Firmeza, segurança, coerência, convicção de atitudes. O líder de caráter não tem medo de tomar decisões difíceis porque é conduzido pelas suas convicções de verdade, o que o guiará a decisões assertivas.

A disciplina

O bom líder desenvolve suas habilidades diariamente. Para se tornar excelente, é necessário ar pelo ‘bom’; só se torna bom quem um dia foi razoável; e só se torna razoável quem um dia foi ruim. O ruim é alguém que ainda não tem habilidade, mas está no caminho da tentativa, da busca até desenvolver e se tornar indispensável, mas antes, aprende a respeitar e aceitar o processo.

O propósito

Não existe liderança sem propósito. Todo líder é movido por um porquê. O propósito não é para nós mesmos, mas para o bem comum, para a mudança e transformação de pessoas.

Paixão pelo propósito

Também não existe liderança sem paixão pelo propósito, é ela quem move o coração de um líder. É pelo propósito que o líder encontra razão para as renúncias e a disciplina. Sem a paixão não há movimento. O que move o coração do líder é a paixão pelo propósito na qual envolve outras pessoas.

A ética e a moral

Sem esses elementos é impossível ser guiado para o bem comum, para o bem social. O líder guiado pela libertinagem está fadado ao fracasso, pois para fazer o bem é necessário a descentralização de si mesmo.

A coragem

Guiar pessoas é desafiador, mas todo liderado procura incessantemente por um líder firme, seguro e confiável. Aquele que vai à frente dos demais ensinando o melhor caminho.

“Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo.” (Mark Twain)

“Uma grande quantidade de talento é desperdiçada pela falta de um pouco de coragem.” (Sidney Smith)

“A coragem não ite falsificação”. (Napoleão Bonaparte)

Fontes:
– Achieving Well-being in Work – Liderança/Liderança e tomada de decisões/Must University/FL-USA
– Robbins et al, 2010
– Silva, 2011
– Rodovalho, Robson – O líder que faz a diferença

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