Na reorganização da Secretaria da Saúde o governador Ibaneis Rocha mostrou, uma vez mais, sua preferência pelas soluções internas, que podem até corrigir rumos, mas mantêm a orientação adotada. Assim, a secretária Lucilene Cordeiro, que vinha mostrando desgaste no cargo, será substituída por Juracy Cavalcante Lacerda, antigo presidente do IGES-DF.
Este, por sua vez, terá seu cargo ocupado por Cleber Monteiro, antes vice-presidente. Com isso, Ibaneis espera também combater os rumores de fogo amigo que sempre aparecem nessas horas.
É algo parecido com o que se estuda a nível federal. Todos apostam que na primeira lista da substituição de ministros estará Nísia Trindade, que há muito tempo era vista como uma estranha no ninho, indo para seu lugar o já ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.


Desde o início do governo atribuía-se a Padilha uma influência muito forte sobre o Ministério da Saúde – ele já ocupou o cargo no governo Dilma e, corretamente ou não, acreditava-se que muitas decisões tomadas na gestão Nísia tinham o seu dedo. Foi isso, a propósito, que azedou as relações entre Padilha e o então presidente da Câmara dos Deputados, complicando toda a armação política do governo Lula 3.