Sempre fui fã da Stock Car, não é a primeira vez que digo isso por aqui. Desde pequeno frequentava o autódromo (morava pertinho da 306 norte) e ia andando até lá assistir os opalas rasgando o asfalto. Me afastei por um tempo, coisas da vida.
Mas nesse último final de semana revivi a emoção de ver os bruto novamente. Foi um final de semana intenso, com duas etapas e quatro corridas em Goiânia.Fiquei dentro dos boxes da equipe KTF, que possui quatro carros no grid, incluindo o Lucas Foresti que, desde o ano ado, venho acompanhando a carreira de perto.

Sexta, no treino livre, andei pelo paddock, ei pelo boxes e de quebra vi grandes nomes como Rubens Barrichello, Felipe Massa, Cacá Bueno,Tony Kanaan e até o multicampeão Ingo Hoffmann. Confesso que me senti em casa. A Stock Car Pro Series está cada vez mais profissional, com uma estrutura complexa e cada vez mais pilotos e equipes de peso. Para se ter uma ideia, em algumas tomadas de tempo, a diferença entre o primeiro e o último era pouco maior do que 1 segundo. Por isso, podemos afirmar que, com mais de 30 carros no grid, a categoria é uma das mais competitivas do mundo.
Se você duvida uma a imagem abaixo da chegada de uma das corridas:

Além da competitividade e da estrutura do evento, duas coisas também me chamaram atenção: Primeiro, Rubinho Barrichello é um monstro em Goiânia e as equipes em geral, depois do acidente na primeira largada de sábado, viraram a noite preparando os carros para domingo. Acompanhei de perto a KTF que ficou com 3 carros avariados e o time não parou até que estivesse tudo ok para o domingo. Impressionante!

Vamos ao Rubinho, ele acelerou nos treinos, ou por uma qualificação acirrada (foi o último do Q2) e subiu ao pódio no sábado como um dos maiores vencedores da categoria no circuito. Ele foi dominante na corrida 1 e extremamente competitivo ao longo de todo o final de semana. Mais uma vez, deixo aqui registrado o meu respeito e iração ao nosso piloto.

Mas o que chamou mesmo a atenção no sábado foi um acidente impressionante que determinou o resto do final de semana. Logo no início da corrida 1, um incidente na largada envolveu pelo menos 10 carros, entre eles, Tony Kanaan, Felipe Massa e o nosso Lucas Foresti. A maioria dos carros envolvidos no acidente, nem conseguiram participar da corrida 2 no sábado.
Nos boxes, em algumas equipes, o silêncio pairava. Os carros, que pareciam não ter solução, aguardavam seus destinos. Ao sair do autódromo tive minhas dúvidas se as máquinas voltariam à pista no dia seguinte. Mas o ponto é que o automobilismo, por mais que muitas vezes não pareça, é sim um esporte coletivo. Mecânicos e engenheiros atravessaram a madrugada, dedicados a cada detalhes e, quando retornei no domingo, os carros estavam de pé. Prontos.
No domingo tivemos duas corridas, uma delas em homenagem a uma marca impressionante. A Chevrolet completou 500 corridas no grid. Desde 1979, ininterruptamente, a marca esteve presente na maior categoria do automobilismo brasileiro. Tivemos homenagens a Paulo Gomes, Chico Serra e Ingo Hoffmann (juntos os três somam 19 títulos na categoria). Além disso, todos os pilotos receberam medalhas comemorativas (até os que pilotam Toyota).
Nas corridas de domingo, o anel externo mudou o traçado e deixou a competição mais rápida e emocionante. Parabéns a Stock Car pela decisão! Baixou o espírito Nascar e sempre à direita os pilotos aceleraram no asfalto com disputas emocionantes.
Valeu cada segundo, já estava com saudade. Por isso, obrigado Stock Car, te vejo em breve em Brasília!