Confesso que fiquei tentado a começar esta coluna com a frase “descobri um lugar” – não tenho um porquê para mentir para vocês. As mesas montadas na área externa do Soho, no Pontão do Lago Sul, ao fim da tarde, com aquele céu meio laranja, fizeram-me sentir quase como se não estivesse em Brasília, como se fosse um ambiente que ainda não conhecia.
- Golden Hour no Soho, Pontão do Lago Sul. Foto de Max Cajé
Mesmo não sendo uma novidade na cidade, no sentido mais amplo da palavra, a casa oriental está com uma nova happy hour, aqui apelidada de Golden Hour, com um cardápio exclusivo, servido de segunda a sexta, das 18h às 20h.
A atmosfera é mais descontraída e suave, quebrando um pouco o gelo arquitetônico do interior da casa. Ao ar livre, o clima convida a experimentar os drinks que, em minha opinião, estão bem feitos e com preços íveis. Optei pelos clássicos Aperol Spritz e Gin Tônica, R$ 23 e R$ 24 respectivamente.
- Carpaccio japonês na happy hour do Soho. Foto: Max Cajé
No menu, o Edamame (R$ 29) serve como petisco daqueles que você devora sem perceber. Já o Ceviche (R$ 65), em uma porção boa para compartilhar, tem uma receita que foge ao tradicional leite de tigre, mas mantém o tempero e a apresentação.
Dentre as opções de carpaccio, gostei do salmão (R$ 45), mas meu preferido foi o de peixe branco (R$ 42). Fresco e com acidez equilibrada.
- Foto de Anselmo Leite
Não existe happy hour sem fritura, né? Por isso, também pedi o camarão (R$ 96) e a lula (R$ 42) à milanesa, e não decepcionaram. Ponto certo, textura boa e sequinhos. Sem erro.
Depois desse eio completo, indico o Golden Hour do Soho sem medo, não apenas para levar os amigos turistas de agem pela cidade, mas também para você que mora aqui e aprecia o Pontão do Lago Sul.
Embora o ambiente transmita uma imagem de altas quantias monetárias para aproveitar a vista do Lago com boa comida e bebida, esse menu é uma oportunidade para se aventurar, sabendo que vai comer bem, com insumos de qualidade, sem sair no vermelho.