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Analice Nicolau
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JBS investe em biogás para abastecer suas fábricas

Através de um investimento de 17 milhões, foi gerado mais de 2 mil MWh de energia elétrica com metano, fonte de energia renovável, suficiente para abastecer quatro fábricas

Analice Nicolau

05/05/2025 17h00

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Liège Vergili Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, deseja ampliar as oportunidades de geração de receitas com a comercialização de biogás ou do excedente de energia elétrica. Crédito: Divulgação.

A JBS tem utilizado o metano capturado em suas operações industriais como combustível para geração de energia elétrica. Através do investimento de 17 milhões, o metano, transformado em biogás, o qual abastece geradores que fornecem energia para quatro fábricas da Friboi. Desde 2023, a produção de cerca de 50 milhões de m³ de biogás evitou a emissão de 263,70 mil toneladas de CO₂ equivalente (tCO₂e), o correspondente à retirada de 105,5 mil carros das ruas por um ano.

As unidades de Ituiutaba (MG) e Andradina (SP), geraram, desde 2023, respectivamente, 1.179.017 kWh e 874.000 kWh de energia elétrica, resultando em uma economia de cerca de R$ 1 milhão (considerando os valores médios da energia nos respectivos estados). A produção total de 2.053.017 kWh seria suficiente para abastecer cerca de 12 mil residências durante um mês.

Já as fábricas da Friboi em Barra do Garças (MT) e Mozarlândia (GO) arão a ser abastecidas nos próximos meses, com o potencial de adicionar aproximadamente 1.100.000 kWh à produção, o que corresponderia ao consumo mensal de 6 mil residências. Até o final do primeiro semestre de 2025, serão 18 geradores em funcionamento através de investimentos da JBS e parceiros.

Nos próximos meses, mais unidades da Friboi poderão contar com geradores movidos a biogás, garantindo o abastecimento de energia elétrica tanto para as áreas istrativas quanto para o setor industrial.
Esse é considerado um grande projeto do segmento na indústria de proteína no Brasil. “O projeto reflete o compromisso da JBS com a gestão eficiente de recursos e com a busca por soluções que gerem valor econômico e ambiental de forma integrada”, afirma Liège Vergili Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil. “A geração de energia a partir do biogás também reduz a dependência da rede elétrica e contribui para mitigar os riscos associados à volatilidade dos preços da energia”, explica.

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Geração de energia elétrica nas unidades seria capaz de abastecer
12 mil residências durante um mês. Crédito: Divulgação.

O investimento total no projeto de biodigestores, que abrange as nove unidades, alcançou R$ 77 milhões. Desses, R$ 55 milhões são provenientes de recursos próprios da JBS, R$ 4 milhões da Âmbar Energia, da holding J&F Investimentos, e R$ 18,4 milhões de outros parceiros. Esses valores de terceiros são destinados principalmente aos geradores, que incorporam tecnologias de monitoramento e controle para otimizar a geração de energia através do biogás. A JBS monitora o desempenho do sistema em tempo real para maximizar a geração de energia e custos.

O biogás apresenta-se como uma alternativa energética promissora, alinhada com os princípios da economia circular. Além da geração de vapor e eletricidade, a JBS avalia o uso do biogás como combustível para sua frota, buscando reduzir os custos com diesel e as emissões de gases de efeito estufa (GEEs). “Além dos benefícios operacionais, estamos atentos às oportunidades de receita com a comercialização do biogás ou da energia elétrica excedente, seja para distribuidoras de gás, seja para indústrias. A ideia é ampliar cada vez mais esse modelo”, comenta Liège.

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A estimativa é que as fábricas de Barra do Garças (MT) e Mozarlândia (GO) gerem mais energia renovável do que as unidades de Ituiutaba (MG) e Andradina (SP). Crédito: Divulgação.

 

Com os resultados, a JBS demonstra o papel estratégico do biogás na construção de um futuro energético mais sustentável, com aplicações que vão desde a substituição da biomassa em caldeiras até a geração de eletricidade e a potencial transição para uma frota de transporte menos dependente de combustíveis fósseis. “Esse é apenas o começo de um movimento estratégico. Tenho certeza de que colheremos excelentes resultados a partir desses investimentos”, conclui a diretora.

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