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Analice Nicolau
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Dr. Wilson Eustáquio Silva Júnior: pioneiro em cirurgia robótica para endometriose em Minas Gerais se torna referência nacional

Primeiro cirurgião do estado a realizar o procedimento, médico projeta um futuro com mais o à tecnologia e melhores resultados para as pacientes

Analice Nicolau

29/04/2025 18h30

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Dr. Wilson Eustáquio Silva Júnior, responsável por inaugurar uma nova era com a cirurgia robótica em Minas Gerais.

Em 7 de dezembro de 2016, Minas Gerais entrou para a história da cirurgia minimamente invasiva com a realização da primeira cirurgia robótica ginecológica do Estado, através do trabalho do Dr. Wilson Eustáquio Silva Júnior, que se tornaria, desde então, uma das maiores referências no uso da tecnologia robótica para o tratamento da endometriose profunda.

“A primeira cirurgia robótica ginecológica de Minas Gerais foi realizada em 7 de dezembro de 2016, no Hospital Vila da Serra. Considero esse momento um divisor de águas na medicina do nosso Estado, pois nos colocou em pé de igualdade com os grandes centros cirúrgicos do país e permitiu oferecer às pacientes o que há de mais avançado na medicina minimamente invasiva. Ser pioneiro vai muito além de apenas chegar primeiro — é assumir o compromisso de transformar o presente em um futuro melhor, acreditando na inovação, rompendo barreiras e abrindo caminhos para outros cirurgiões. É inaugurar uma nova era na medicina mineira, levando o que há de mais moderno e eficaz para quem mais precisa”, afirma o médico.

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A cirurgia robótica é indicada para casos graves e persistentes da doença e oferece vantagens como maior precisão, visão 3D, recuperação mais rápida e menor dor no pós-operatório.

Hoje, Wilson Eustáquio Silva Júnior é referência não apenas em Minas, mas em todo o Brasil, especialmente no que diz respeito ao tratamento cirúrgico da endometriose infiltrativa profunda — Uma condição que afeta mulheres no mundo inteiro.

Para quem a cirurgia é indicada?
De acordo com o médico, a cirurgia robótica é indicada para pacientes com quadro de endometriose profunda: endometriose que afeta órgãos nobres, como intestino (reto, sigmoide), bexiga, ovários, ureter, trompas; doenças extensas com vários focos infiltrativos; para pacientes que foram submetidas a cirurgias laparoscópicas e aberta; para pacientes com quadro de infertilidade ligada à endometriose com objetivo de favorecer o tratamento de infertilidade; para pacientes com quadro clínico persistente como dor crônica, dispaurenia (dor na relação sexual), disuria (dificuldade para urinar), disquezia (dor ou dificuldade para evacuar) que mesmo após tratamento medicamentoso não obtiveram melhora. Dr. Wilson reforça: “a cirurgia é indicada para qualquer perfil de paciente”.

As vantagens da cirurgia robótica
Dr. Wilson destaca os principais diferenciais da técnica, introduzida no Brasil em 2008 e em Minas apenas em 2016.
“Os principais benefícios da cirurgia robótica em relação à laparoscopia tradicional são: ergonomia – o cirurgião consegue ter maior ergonomia nessa tecnologia, favorecendo menor fadiga e cansaço em cirurgias longas e complexas; visão 3D – a tecnologia da câmera do robô permite uma visão 3D com alta definição, identificando com maior precisão focos de endometriose e estruturas nobres (vasos, nervos, órgãos, pequenos focos); a dissecção ocorre mais precisa e delicada, principalmente em locais com anatomia alterada e distorcida, preservando melhor os nervos e órgãos. A tecnologia Endo Wrist permite manobras cirúrgicas semelhantes às técnicas cirúrgicas abertas, facilitando o aprendizado e a execução de tarefas complexas, como sutura intracorpórea e a confecção de nós, mesmo por cirurgiões com habilidades laparoscópicas menos avançadas”.

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Ativo nas redes sociais, o médico usa a comunicação digital para conscientizar mulheres sobre a doença e seus tratamentos. Para o futuro, ele projeta a ampliação do o à cirurgia robótica, inclusive pelo SUS, e a integração de novas tecnologias, como inteligência artificial, para otimizar os resultados.

Ele completa: “A cirurgia robótica é utilizada para casos de endometriose infiltrativa profunda, onde temos envolvimento de órgãos importantes como bexiga, intestino, ureter, diafragma, septo reto vaginal etc. Ela permite uma dissecção segura de tecidos profundos, preservação de nervos, vasos e ureteres, visão 3D, menor tempo de internação, menor dor no pós-operatório”.

Segurança e preparação
A segurança do procedimento, segundo Dr. Wilson, está diretamente relacionada à experiência da equipe.
“A cirurgia robótica possui riscos específicos aos da cirurgia laparoscópica. O importante é termos uma equipe treinada e experiente para a realização dessa tecnologia. Essa tecnologia é muito segura e exige um preparo da equipe cirúrgica como treinamento contínuo”.

Ele explica que a preparação da paciente segue o padrão de outras vias cirúrgicas.
“As pacientes precisam realizar exames pré-operatórios, avaliação clínica cardiológica e avaliação anestésica”.

Fertilidade e qualidade de vida
Muitas mulheres com endometriose têm o sonho de engravidar. E a tecnologia robótica pode aumentar as chances.
“A cirurgia robótica possui um impacto muito positivo na fertilidade, como por exemplo: permite realizar dissecção mais precisa e segura; menor lesão de estruturas nobres; preservação da anatomia; menor risco de aderências pélvicas que podem resultar em menos mobilidade tubária; correção das distorções anatômicas tubárias, como reanastomoses. A chance da paciente engravidar após realizar uma cirurgia robótica é maior sim, devido aos fatores citados”.

Comunicação digital como aliada
Dr. Wilson também é um dos médicos mais atuantes nas redes sociais quando o assunto é endometriose. Ele vê na comunicação digital uma ferramenta poderosa de esclarecimento e acolhimento.

“As informações têm chegado mais rápido às pacientes com endometriose a partir das redes sociais, auxiliando as mesmas a saberem de um possível diagnóstico e doença. Antes as mulheres tinham dor e eram tratadas como normal. Hoje elas pesquisam e sabem que, como elas têm dor, outras mulheres com os mesmos sintomas também apresentam dor e se curaram dessa doença”.

Instagram
@drwilsoneustaquio
Visão de futuro
Com o pioneirismo já consolidado, Dr. Wilson projeta novos avanços.

“A tendência do futuro próximo é poder expandir o o à plataforma robótica a qualquer mulher, com ou sem convênio, tornando-se a cirurgia ível a todas. Rede pública e centros universitários proporcionando essa cirurgia. Novas plataformas robóticas implementadas no sistema, diminuindo o custo da cirurgia. Os softwares e a IA irão auxiliar no sucesso cada vez mais dessa tecnologia. Novas terapias medicamentosas vão estar no mercado melhorando cada vez mais os resultados e reduzindo as recidivas dessa doença”.

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