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Analice Nicolau
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Agro em alta na Bahia: escola de agronegócio pode chegar a Luís Eduardo Magalhães

Com cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, Atitus Educação quer levar modelo inovador ao coração do agro baiano, fruto de uma parceria com gigantes do setor, produtores e cooperativas.

Analice Nicolau

02/05/2025 18h00

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Projeto pretende unir universidade, empresas e produtores para capacitação de mão de obra qualificada no campo. (Divulgação/Freepik)

O agronegócio não para de crescer na Bahia. Em 2024, o setor já responde por 26,5% do PIB estadual, com um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de R$ 54 bilhões. Mas para manter esse ritmo, é preciso mão de obra qualificada e é aí que entra um projeto inovador: a Atitus Educação, do Rio Grande do Sul, planeja trazer para Luís Eduardo Magalhães (BA) uma unidade da sua Escola de Agronegócio, com cursos de Agronomia e Medicina Veterinária.

A proposta vai além da grade tradicional. Em vez de apenas cumprir as exigências do MEC, a escola pretende criar um ecossistema de aprendizado junto a empresas, cooperativas, produtores rurais e até a Embrapa. O objetivo é formar profissionais que já saiam da faculdade prontos para os desafios reais do campo.

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Nova escola promete unir teoria e prática em cursos de Agronomia e Veterinária. (Divulgação/Cyklo)

Para Pompeo Scola, psicólogo, consultor em empreendedorismo e membro do Conselho Consultivo da Atitus Educação, o intuito desse é proporcionar aos estudantes um vivenciamento único de experiência prática. “A ideia é que eles possam atuar no dia a dia do campo, entendam as dores e demandas das empresas e dos produtores, tenham maior taxa de empregabilidade e ainda estejam alinhados ao que o mercado realmente precisa. Ou seja, a ênfase está em formar pessoas capacitadas com qualidade, e não apenas focadas em valores íveis ou ensino genérico.”

Hoje, a instituição já tem parcerias com grandes nomes, como a Ourofino Saúde Animal e a Cotrijal. “No Sul já temos muitos exemplos do sucesso dessa metodologia de engajamento, e os parceiros demonstram muita satisfação”, afirma Scola.

A escolha de Luís Eduardo Magalhães não foi por acaso. O Oeste da Bahia é um dos principais polos do agro no estado, mas ainda carece de serviços especializados e mão de obra treinada.

“O Oeste da Bahia precisará cada vez mais criar programas de atração para disponibilizar na região serviços essenciais e modernos que permitam autonomia e equilíbrio no seu processo de crescimento e vale dizer que mão de obra treinada é essencial para um agro forte”, explica Scola.

O projeto ainda está em fase de validação, mas o interesse de empresas e produtores já sinaliza que a iniciativa pode ser um divisor de águas para a formação profissional no campo baiano.

Educação: o combustível do agro do futuro
Com o agronegócio cada vez mais tecnológico e competitivo, a qualificação deixa de ser um diferencial e vira obrigação. A falta de profissionais preparados é um dos maiores gargalos do setor, e iniciativas como essa podem ajudar a fechar essa lacuna.

Além de impulsionar a produtividade, investimentos em educação rural promovem inclusão social, melhoria da qualidade de vida no campo e maior protagonismo das comunidades no desenvolvimento do setor. Esses fatores se tornam essenciais para que a Bahia continue liderando o crescimento do agronegócio no país.

Enquanto a Atitus finaliza os detalhes da expansão, uma coisa é certa: o agro baiano está de olho.

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